Anísio Teixeira, leitor da História do Brasil

Marcos Cezar de Freitas

Resumo


O texto aborda a memória da obra de Anísio Teixeira, que se ergue sobre uma compreensão singular acerca da herança cultural que o Brasil carregava em suas raízes ibéricas. Segundo o autor, sempre é importante acentuar a memória de um analista perplexo com a vitalidade do passado. As representações do passado brotavam em seus escritos como se fossem uma reavaliação sentida do que havíamos deixado de fazer; das barreiras que havíamos deixado de transpor. Para Anísio Teixeira, nas nossas raízes estariam depositadas tendências imobilistas. O homem forjado nesse processo de colonização estaria adaptado a um ritmo temporal imutável, permanente, no qual confundia sua família com o Estado. A Nação terminava logo ali, na divisa do seu quintal. O predomínio da cultura jesuítica no processo de estruturação da educação escolar brasileira era visto como sinal de um movimento que, continuamente, restaurava o passado e mantinha uma idade média imaginária, a oferecer-se como parâmetro de conduta. As marcas da colonização e do escravismo ainda permaneciam sob múltiplas formas no Brasil do século XX. Para o autor, a busca por novos horizontes para a educação brasileira fez com que Anísio Teixeira se envolvesse ora com outros educadores profissionais, ora com historiadores, ora com antropólogos. Foi leitor e estudioso de varias acepções da historia. No fundo, o que Anísio queria encontrar, nos livros de história e nas hipóteses dos antropólogos, era o conjunto de exemplos por meio dos quais pudesse convencer seus pares de que a liberdade era plausível.


Palavras-chave


Anísio Teixeira; História da Educação; Escola pública; Escola nova


Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v1i2.140

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial 3.0 Unported.

ISSN 2237-9983